Nós, os bons, temos um problema.
O casamento.
Para nós, mais que um acto, é uma estupidez, uma aberração. Contrair casamento ou contrair sífilis é para nós igualmente grave, com a diferença de que, sendo bons, temos mais probabilidade em contrair sífilis, pois o número de fêmeas ao nosso alcance é ilimitado e nem todas se lavam como deve ser.
O motivo essencial para se contrair casamento, diz-se, é o amor. Ora, nós, os bons, amamo-nos mais do que podemos amar qualquer fêmea, logo o casamento torna-se uma redundância cíclica que acabaria em nulo. Depois, sendo bom, casar é irresponsável pois anularíamos toda uma fila de espera para nos saltar para cima, o que seria um franco desperdício.
" Ah, mas isto de ser bom passa, tu quando chegares a velho não vais ser bom e vais querer uma fêmea do teu lado. "
Errado. Ser bom é um modo de vida, não passa com a idade, amadurece como uma casta generosa do Alto Douro. Nós, os bons, não precisamos de ninguém ao nosso lado permanentemente, vivemos na itermitência do que é ser bom e, portanto, ter uma amante em cada esquina, e uma parceira sexual em cada viela.
O casamento, portanto, não serve o bom pois seria renegar todas as vantagens que advêem da nossa magnífica enfermidade.
E não em venham com histórias de que "quem não tem um amor a sério, não é feliz".
Eu tenho amor todos os dias, quando quero, porque quero.
Sou bom, não tenho culpa.
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O CAMARADA VOCÊ SABE QUANDO SURGIU O CASAMENTO?
ResponderEliminarEU GOSTARIA DE SABER! ME RESPONDA OS BONS.OBRIGADO
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